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O custo de
internações por acidentes com motociclistas pagas pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), em 2011, foi 113% maior
do que em 2008, passando de R$ 45 milhões para R$ 96 milhões,
segundo levantamento inédito do Ministério da Saúde.
O crescimento dos gastos acompanha o aumento das internações
que passou de 39.480 para 77.113 hospitalizados no período.
“O
Brasil está definitivamente vivendo uma epidemia de acidentes
de trânsito e o aumento dos atendimentos envolvendo
motociclistas é a prova disso. Estamos trabalhando para
aperfeiçoar os serviços de urgência no SUS, mas é
inegável que esta epidemia está pressionando a rede
pública”, avalia o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha.
O
número de mortes por este tipo de acidente aumentou 21% nos
últimos anos – de 8.898 motociclistas em 2008 para 10.825
óbitos em 2010. Com isso, a taxa de mortalidade cresceu de 4,8
óbitos por 100 mil habitantes para 5,7 mortes por 100 mil
entre 2008 e 2010.
“A
elevação dos acidentes envolvendo motociclistas fez com
que, pela primeira vez na história, a taxa de mortalidade
deste grupo superasse a de pedestres (5,1 /100 mil) e a de outros
veículos automotores (5,4/100 mil), como carros, ônibus
e caminhões”, alerta Padilha.
Os
jovens são as principais vítimas segundo o estudo:
cerca de 40% dos óbitos estão entre a faixa etária
de 20 a 29 anos. O percentual cresce para 62% entre 20 a 39 anos e
chega a 88% na faixa etária de 15 a 49 anos. Predominantemente
homens, em 2010, representaram 89% das mortes de motociclistas (9.651
óbitos).
Monitoramento
O
Ministério da Saúde monitora mortes e internações
por acidentes de trânsito a partir do Sistema de Informações
sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações
Hospitalares do SUS (SIH/SUS), respectivamente. “Estamos melhorando
a coleta de dados e qualificando as informações
juntamente com as secretarias estaduais e municipais de Saúde.
Com a ajuda das delegacias, dos institutos médicos legais e
dos hospitais, é possível qualificar mais a informação
e fazer um melhor diagnóstico da situação dos
acidentes, e assim, atuar com políticas públicas
pontuais”, explica a diretora de análise de situação
em saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta.
Além
do crescimento de fatores de risco importantes, como excesso de
velocidade e consumo de bebida alcoólica antes de dirigir,
Deborah aponta o incremento na frota de veículos como fator
para o aumento da ocorrência de acidentes. Segundo o
Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número
de veículos registrados cresceu 16,4% entre 2008 e 2010,
passando de 54.506.661 veículos para 65.205.757. No mesmo
período, os óbitos foram de 38.273 para 42.844 ¿
alta de 12%.
Já
a frota de motocicletas foi ampliada em 27% – de 13.079.701 para
16.622.937 -, implicando elevação na proporção
destas em diante do total de veículos de 24% para 25,5%.
Fonte:
Terra
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