Imagem da internet |
Nesta sexta-feira (27), Dia do Motociclista, a
imagem clichê do homem comandando sua moto com a namorada na garupa pode não
condizer com a realidade. Aos poucos, as “meninas” estão passando para o banco
da frente e assumindo o guidão. A quantidade de mulheres habilitadas para
conduzir motos cresceu 44% em 3 anos. Em 2008, segundo o Departamento Nacional
de Trânsito (Denatran), 2.534.237 delas possuíam CNH para motos. Em 2011, este
número aumentou para 3.655.428.
As vendas de novas motocicletas, que têm crescido
em geral no Brasil nos últimos anos, também subiram para clientes do sexo
feminino. Desde 2009, esse público corresponde a 25% do total, segundo a
Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo). Em 2001,
elas eram apenas 17% dos compradores destes veículos (veja na tabela ao lado).
De Harley pelas ruas
Nem todas começam por iniciativa própria. “Andava
na garupa de meu marido e não tinha vontade de pilotar. Mas ele comprou uma
moto para mim, me fez tirar habilitação”, conta Sandra Beccaro, de 45 anos.
“Quando comecei a andar, foi só alegria e agora não tem como largar. Minha moto
atual, a terceira, já está com mais de 100 mil km rodados.”
Além de trabalhar como administradora de empresas,
ela é fundadora do Ladies of the Road, motoclube só para mulheres. Ao comando
de sua Harley-Davidson De Luxe, Sandra e suas companheiras saem pelas estradas,
chamando a atenção. O grupo acaba de completar 2 anos e conta com cerca de 150
integrantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e não se incomoda com
os apelidos, como “gangue do batom”, que recebe, nas ruas.
“Os homens ficam admirados, por que nós embelezamos
as ruas com motos lindas, e, para as mulheres, acho que somos uma inspiração”,
enfatiza Sandra. “Sempre escutamos falar sobre a sensação de liberdade para
andar de moto. Pode ser para homem, mas, para mulher, é sensação de poder”,
acrescenta.
Fonte: 180 Graus
Nenhum comentário:
Postar um comentário