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Rio - Todo ano,
milhares de pessoas vítimas de acidente de trânsito morrem devido à demora no
socorro. Pensando nisso, o jovem Lucas Orosque, de 17 anos, criou um projeto
que consiste primordialmente em salvar vidas e facilitar o trabalho da equipe
de resgate. Trata-se de um para-choque inteligente que atende todo o carro.
Lucas é aluno da Escola Técnica
Rezende-Rammel (ETRR), no Lins de Vasconcelos, no Rio de Janeiro. O trabalho
faz parte das atividades pedagógicas do colégio. Segundo o estudante, que tem
fascinação pela eletrônica, a ideia surgiu no ano passado num encontro com
amigos. Ele buscou então orientação dos professores do núcleo de pesquisa da
escola. “A partir daí, iniciei discussões e pesquisas sobre acidentes
automobilísticos. Foi quando percebi a relevância que teria esse trabalho e
comecei, logo em seguida, a confeccionar o projeto”, conta.
Os sistemas integrados ao
para-choque entram em funcionamento a partir do momento em que há uma colisão a
partir de 40Km/h (em movimento) ou 20Km/h em inércia (parado). Já há no mercado
modelos que cortam o combustível e a ignição. No entanto, o protótipo do aluno,
além de cortar o combustível e fazê-lo retornar dos dutos para o tanque, envia
uma sinalização à central de resgate e à seguradora mais próxima do local do
acidente. O sistema ainda informa, via GPS, onde o acidente aconteceu e quantas
pessoas há dentro do veículo e se estavam com cinto de segurança.
- O objetivo principal é salvar
vidas. A ideia é facilitar o trabalho das equipes de resgate mostrando todas as
informações necessárias para garantir máxima eficiência no serviço. E ainda
manter seguros os acidentados e as pessoas ao redor evitando uma possível
explosão do veículo, que pode ser causada por um curto-circuito ou vazamento de
combustível – explica.
O projeto já foi exposto em
feiras tecnológicas, como, por exemplo, a Febrace (Feira Brasileira de Ciências
e Engenharia), que aconteceu em março em São Paulo. O aluno, que estuda
eletrônica há três anos, sonha em ser engenheiro de produção: “Sempre tive
afinidade com produtos eletrônicos, desmontando-os para tentar entender seu
funcionamento. E, por meio dessa curiosidade, consegui criar algo útil para
salvar a vida de muitas pessoas”, diz orgulhoso.
Fonte: O Dia
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