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Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) em São
Carlos (SP) revela que um motoqueiro tem 30 vezes mais chance de morrer no
trânsito do que um motorista. A pesquisa mapeou os acidentes registrados no
Brasil durante cinco anos.
Há cinco anos, o motofretista Sebastião Lopes usa a
moto para trabalhar e já sofreu acidente. “O rapaz atravessou contramão na
minha frente, não deu tempo de brecar e eu bati no carro dele. E vários colegas
já perderam a vida nessa profissão e o dia a dia da gente é sempre arriscando,
sempre correndo em cima do perigo”, falou.
Os especialistas calcularam o número de acidentes
por quilômetros rodados. O objetivo é apontar algumas soluções para o problema.
“Passa por todas as áreas necessárias, passa pela área da educação, da
fiscalização, pela melhoria da segurança dos nossos veículos, segurança das
nossas vias, ou seja, o problema é bastante abrangente e trata de todos os aspectos
relacionados com a segurança viária de maneira geral”, explicou Coca Ferraz,
professor da USP e autor do livro "Segurança viária", que será
lançado em novembro, num congresso em Joinville (SC).
Vulnerabilidade
De janeiro a agosto deste ano, das 190 vítimas de acidentes de trânsito internadas em Araraquara (SP), 100 eram motociclistas, segundo o Ministério da Saúde. O custo para o sistema de saúde chegou a quase R$ 210 mil. Na cidade circulam diariamente quase 32 mil motociclistas.
De janeiro a agosto deste ano, das 190 vítimas de acidentes de trânsito internadas em Araraquara (SP), 100 eram motociclistas, segundo o Ministério da Saúde. O custo para o sistema de saúde chegou a quase R$ 210 mil. Na cidade circulam diariamente quase 32 mil motociclistas.
“Na moto a gente está mais sujeito, caiu, não tem
jeito. O carro tem mais proteção”, completou o motociclista e engenheiro
agrônomo Paulo Maia.
Lesões
O ortopedista Roberto Felício afirmou que cair da moto pode causar diversos tipos de lesões.” A gravidade das lesões vai em decorrência do tipo de fratura que a pessoa apresenta: quanto mais próxima das articulações, mais grave é a fratura e quanto mais grave a fratura, mais possibilidade de sequela funcional provoca naquele membro”, explicou. Segundo Felício, de cada 10 acidentes que atende, pelo menos um tem envolvimento de moto.
O ortopedista Roberto Felício afirmou que cair da moto pode causar diversos tipos de lesões.” A gravidade das lesões vai em decorrência do tipo de fratura que a pessoa apresenta: quanto mais próxima das articulações, mais grave é a fratura e quanto mais grave a fratura, mais possibilidade de sequela funcional provoca naquele membro”, explicou. Segundo Felício, de cada 10 acidentes que atende, pelo menos um tem envolvimento de moto.
O mototaxista Edson Perre conhece bem essa
história. Ele bateu a moto há 12 anos e ainda sente dores por causa do
acidente. “Não fica mais a mesma coisa, então, de vez em quando inflama a
perna, fica inchada, é bem ruim”, contou. Perre terá que fazer outra cirurgia
para extrair um parafuso da perna.
Dicas
Para enfrentar um trânsito tão violento, os motociclistas precisam ficar atentos a alguns itens de segurança, além do capacete, obrigatório por lei e indispensável na segurança. “As jaquetas também são importantes porque muitas delas são adaptadas com protetor de ombros, cotovelos e costas com material flexível que, na queda, vai evitar o contato do chão direto com a pele”, orientou o instrutor de autoescola Nelson Santinon.
Para enfrentar um trânsito tão violento, os motociclistas precisam ficar atentos a alguns itens de segurança, além do capacete, obrigatório por lei e indispensável na segurança. “As jaquetas também são importantes porque muitas delas são adaptadas com protetor de ombros, cotovelos e costas com material flexível que, na queda, vai evitar o contato do chão direto com a pele”, orientou o instrutor de autoescola Nelson Santinon.
Segundo ele, o calçado ideal deve ser de couro.
“Justamente para ter o mesmo efeito da jaqueta, ou seja, ralar o couro primeiro
para depois chegar no pé”, reforçou. “Tênis também pode, só não pode dirigir de
chinelo”, completou.
Santinon alertou que sandália e salto alto não
combinam com segurança. “Aí nós temos que diferenciar beleza de segurança: fica
linda de salto alto, mas não há segurança nenhuma e há um perigo eminente desse
salto se enroscar na pedaleira e na hora de botar o pé no chão cair parado,
inclusive.
Fonte: G1.com
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