segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Cinto de Segurança: Uma questão de respeito à vida


imagem da internet
Atualmente pode-se dizer que os motoristas brasileiros sabem da obrigatoriedade do uso do cinto de segurança quando estão dirigindo. No entanto, esse conhecimento nem sempre se reflete na efetividade do uso, muitos não visualizam a possibilidades de se envolverem em um acidente, ou não acreditam na eficácia do cinto. No geral, estão mais preocupados com as penalidades impostas pelas autoridades decorrentes do descumprimento da lei, do que pelos benefícios que o cinto poderá proporcionar caso se envolvam em um acidente. 

O argumento de que o uso do cinto no perímetro urbano não é necessário fica sem sentido quando se verifica que metade dos acidentes ocorre a menos de 10km de distância da residência do motorista, isso acontece porque o condutor diminui o grau de atenção. Outro ponto importante se refere à violência de impacto das colisões: quando dois veículos a 25km/h se chocam, as velocidades somam-se, resultando num impacto correspondente a 50km/h., a força resultante desse impacto tem um poder de destruição igual à de uma pessoa caindo de cabeça para baixo de uma altura equivalente ao segundo andar de um edifício. Se não estiver utilizando o cinto, tanto o condutor como os passageiros, será arremessado para fora do veículo ou irão se chocar com as partes internas do automóvel, o que provocará morte instantânea ou graves contusões no abdômen, tórax, cabeça e membros.

Após 23 anos de implementação da obrigatoriedade do uso do cinto no Brasil, pode-se dizer que, nas médias e grandes cidades, deixar de usar o cinto de segurança está entre as infrações mais praticadas pelos motoristas. Em Mossoró-RN não foi diferente, após a municipalização do trânsito em 2009, essa infração esteve no topo do Ranking das mais cometidas, e gradativamente vem diminuindo o número de penalidades. Em um levantamento realizado em 2011 pelos agentes, na rua Coronel Gurgel das 9h30min às 10h20min, foram contabilizados 472 veículos, desse total 91,74% dos automóveis, tanto o condutor quanto o passageiro do banco da frente, usavam o cinto. Em, apenas, 39 veículos nem o condutor e nem passageiro do banco da frente usavam o dispositivo de segurança, esse número corresponde a 8,28% do total. 

Na pesquisa, os passageiros do banco de trás não foram analisados, pois, diante da metodologia empregada, não era possível visualizar o uso do dispositivo. E esse se torna o principal fator para que os passageiros deixem de usar o cinto, os fiscais tem dificuldade de visualizar e isso contribui para o descumprimento da lei.

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010 mostrou que 62,7% dos passageiros que andam no banco de trás dos carros ou vans não usam o cinto de segurança A obrigatoriedade do uso do cinto inclui, também, esses passageiros e, sem dúvida, faz-se necessário, pois, em uma colisão, os ocupantes serão projetados, e nesse deslocamento poderão atingir tanto o condutor como também o passageiro dianteiro, acarretando sérias lesões para ambos. De fato, muitos acreditam que, por estar atrás, o banco à sua frente é capaz de protegê-los. 

Diante dos números alarmantes de acidentes no País, são necessárias políticas públicas direcionadas à conscientização das pessoas a respeito dessa temática, se o uso correto do cinto é capaz de salvar vidas é necessário que todos utilizem esse dispositivo. No entanto, a melhor maneira de garantir a segurança das pessoas no interior do veículo, é respeitando as normas de circulação e conduta, prezando, assim, por um trânsito mais harmonioso.


 Por: Ag. João Paulo

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