terça-feira, 22 de junho de 2010

Pesquisadora defende mudança das cores dos semáforos

Contran diz que isso só seria possível por meio de projeto de lei Com base em estudos, a doutora em oftalmologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e especialista em medicina de tráfego Rita Cristina Mainieri Moura defende que os semáforos deveriam mudar o tom de suas cores. Para ela, o verde deve ser mais azulado e o vermelho, alaranjado.

A mudança, defende Rita, ajudaria todos os motoristas a distinguir melhor as cores, especialmente aqueles que sofrem de algum tipo de daltonismo (distúrbio de origem genética que dificulta a identificação de todas ou algumas cores). O estudo de Rita, que faz parte da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), aponta que até 8% da população sofre de alguma doença congênita (aquelas adquiridas antes do nascimento) relacionada ao daltonismo (chamado de discromatopsia, em termos técnicos).

Não há dados precisos de quantas pessoas com algum nível de dificuldade para distinguir cores chegam a dirigir. Pesquisa de 2002 do especialista em oftalmologia Adam Wayhs apontou que 9,4% dos motoristas de ônibus de Santa Catarina tinham daltonismo. Baseada em pesquisa bibliográfica, Rita afirma em artigo científico que um indivíduo sem daltonismo enxergaria, a uma distância de 100 m, um semáforo com um fundo claro (à luz do dia, por exemplo).

Entretanto, alguém com discromatopsia, só veria o semáforo a 50 m, distância insuficiente para uma freada a 60 km/h (a extensão necessária seria 60 m). Para ajudar ainda mais os motoristas, Rita aponta que seria interessante que os semáforos tivessem um desenho para ajudar a identificar o sinal. – Além da cor, se você colocar uma setinha para seguir e um “x” para parar, a pessoa poderia identificar com mais facilidade.

O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que a sinalização semafórica no Brasil segue padrões internacionais e não tem previsão de mudar. As regras para o semáforo estão na resolução número 160 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Para fazer a alteração, seria necessário um projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional. As cores dos semáforos são as mesmas na maioria dos países.

Os semáforos surgiram pela primeira vez em Londres, no ano de 1868, segundo a pesquisa Sinais Luminosos, publicada por professores portugueses em 2005. Eles eram operados por comandos manuais a partir de um sistema a gás. Em 1918, surgem em Nova York as lâmpadas de três cores. O comando automático surgiu em 1926 no Reino Unido.

fonte: Portal do Trânsito

Um comentário:

Rudrigo Maia disse...

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